segunda-feira, 16 de maio de 2016

Com ausência de Lula, cúpula do PT se reúne para discutir futuro como oposição

 
Por Redação Bocão News (twitter: @bocaonews) | Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News
A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne em Brasília pela primeira vez após o afastamento de Dilma Rousseff. O objetivo do encontro, que acontece entre esta segunda (16) e terça-feira (17), é tratar do futuro do partido como oposição após 13 anos e cinco meses à frente do Palácio do Planalto. A reunião não contará com a principal figura da legenda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda acontece a reunião da executiva nacional petista, que deve avaliar as perspectivas do partido pós-impeachment, discutir a mobilização em defesa do mandato de Dilma e traçar um plano de ação para fazer oposição ao governo de Michel Temer (PMDB).
Lula chegou a ser convidado, mas a assessoria informou que ele não irá ao evento. A expectativa de dirigentes petistas era a de que o ex-presidente desse o tom do discurso que deve ser adotado pelo partido pelo menos até o fim do julgamento de Dilma no Senado.
Uma das discussões do encontro deve ser a acomodação de ex-ministros do governo Dilma na direção do PT. Lula defende que Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) sejam incorporados à cúpula do partido, mas a ideia ainda sofre resistência interna.
Dirigentes da sigla contrários à tese afirmam que a chegada dos ex-ministros pode dar a impressão de que o PT fez uma "incorporação acrítica" do governo Dilma, o que seria um aceno negativo para militantes e apoiadores. Isso porque, defendem, a gestão da presidente afastada foi inepta, contrariou diversas bandeiras do PT e é preciso fazer uma autocrítica para tentar reconstruir a imagem desgastada da sigla.
Aliados de Lula, por sua vez, afirmam que ele está tentando unificar o PT, visto que os quadros partidários que não participaram do governo tendem a criticar e culpar Dilma pela maior crise da história da legenda, enquanto Wagner, Berzoini, Rossetto e outros, que participaram do núcleo decisório de Dilma, devem poupá-la disso.

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